Partilhar é um ato de Amor
O papel do professor transmissor de conhecimentos, desmorona-se, construindo um novo conceito de professor. O professor ao logo do tempo assume um papel de coconstrutor de conhecimento, em que ambos se tornam aprendizes, em que ambos se envolvem no processo educativo, em que ambos assumem um papel de crescimento comum, em prol dos interesses dos alunos.
Para que esta relação se torne coerente, é necessário criar relação entre ambos. No Principezinho, Antoine Saint-Exupéry diz-nos,
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Quem és tu? Disse o Principezinho. – És bem bonita…
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Sou uma raposa, disse a raposa…
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Anda brincar comigo, disse a raposa. Ainda ninguém me cativou.
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O que significa cativar?
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É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. Significa “criar
laços.”
A disponibilidade de cada um, promove um crescimento enriquecido na partilha de saberes, no crescimento comum.
Apelar aos afetos, à relação, à capacidade de cativar, é o caminho que mais depressa nos faz chegar ao coração de cada aluno, de cada professor, de cada adolescente, de cada criança.
Os desafios propostos ajudam, cada um, a ultrapassar os seus limites, as barreiras impostas pela sociedade, pelas restrições físicas, sociais e económicas. Crescer de forma igual, criar oportunidade de igualdade de acesso ao conhecimento e à educação é a base da consciência da educação, é o desafio. O sorriso, o olhar, a cooperação revelam-se fatores preponderantes no sucesso da atividade, revelam-se como justificações à planificação adequada às necessidades e interesses de cada um.
A aprendizagem ao ritmo individual, e, posteriormente ao ritmo do grupo, eleva cada momento, como um meio de atingir objetivos simples e claros, mas que são cheios de sentido prático e funcional. Partindo de atividades práticas, sublinham-se as funcionalidades de cada gesto, ou seja, dar significado à escrito, dar significado à leitura, torná-las funcionais e necessárias para a execução do que é necessário.
A comunicação (verbal e corporal) torna-se evidente na cooperação criada por todos, na ajuda promovida entre todos, no processo e não, propriamente nos resultados, porque mais importante do que ter um resultado perfeito, é ter um caminho cheio de aprendizagens até lá chegar.
A simplicidade das atividades, elevam a aprendizagem coerente, consciente, prática e autónoma.
Os especiais
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