Leitura funcional?

Quão funcionais tornamos as atividades?

Quão capazes somos de adequar, realmente, as atividades às necessidades e dificuldades de cada aluno?

Estar na Educação Especial, 
faz-nos olhar além currículo, faz-nos adequar e sermos práticos na forma como lidamos com cada um. Mediante as suas dificuldades, as adaptações deverão tornar-se funcionais, dando-lhes ferramentas para um vida autónoma.

Esta forma de estar torna-se evidente nos resultados. Conhecer os alunos e as suas reais necessidades é a base de todo o processo. É necessário deixarmos a capa que vestimos, trocando-a por uma vestimenta adequada a cada um e não vestir o fato de tamanho único. 

A leitura funcional, ou seja, uso em situações diárias, como por exemplo, uma lista de compras, leva a que esta se torne um excelente meio para atingir os objetivos. Quantos conceitos poderemos explorar?

Se a concentração, a motivação e a especificidade estiverem presentes, o empenho dos alunos torna-se facilitado.

Neste caso, ao aluno foi lançado o desafio de fazer a leitura da lista de compras. À medida que encontrava o que procurava, ia colocando no cesto o que desejava. Na lista surgiam géneros que não estavam disponíveis, dificultando o processo.   

Nesta primeira fase da atividade, apenas se propunha a leitura, não estando, para já, relacionado o valor de cada género. Esse seria o desafio seguinte.

A dificuldade que o aluno assume ao longo da atividade, apoia a necessidade de adequação de atividades.  O facto de ser uma atividade única, e feita à sua medida, interpela à clareza dos objetivos e à sua real necessidade.

Afinal, a Educação Especial tem como obejtivo principal o treino da autonomia, a capacitação individual, a resolução de problemas diários do quotidiano. Mais do que promover momentos abstratos, a realidade torna-se uma excelente escola de aprendizagens funcionais.

Os especiais 


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